terça-feira, 1 de maio de 2012

"Quer pagar quanto?"



Ser humano é tudo igual. Só muda, de vez em quando, o nome e o endereço. É claro que cada um tem suas particularidades, e existe gente bem diferente e de todos os tipos, mas no essencial, somos todos bem iguaizinhos.

A maioria de nós não tem dinheiro sobrando pra gastar como bem entender. Temos uma família na qual pensar, contas a pagar e um futuro a zelar. E todos temos muitos e infinitos desejos também. A grande maioria, alimentada pelo consumismo. Faça o teste: quando for comprar algo, pense um pouco mais que o de costume. Pergunte a si mesmo se realmente aquele objeto é necessário ou se é apenas um desejo. Tente se lembrar do que você já possui em casa. Veja se já tem alguma outra coisa com a qual possa utilizá-lo, ou se já tem outra peça parecida, e a nova servirá apenas para satisfazer seu impulso e depois ficar encostada em algum canto. Vale também refletir se realmente quer aquele objeto ou se esperaria mais um pouco para adquirir algo que lhe seria mais útil. Pensado isto, vá em frente. Compre o balangandã ou desista dele de vez. É impressionante, mas se levarmos realmente a sério os questionamentos, geralmente a gente desiste.

Trabalhamos para nos manter com vida, saúde, educação e ter direito a lazer, e é claro, nos permitir uns agrados de vez em quando. Mas é só de vez em quando. E tem gente que não entende e acha que tudo é gênero de primeira necessidade. Depois fica por aí, sem eira nem beira, devendo até a alma. Não que eu tenha a ver com a vida de ninguém (e graças a Deus por isso!), mas é importante aprender a distinguir o supérfluo do necessário. Você não precisa de uma televisão de 52 polegadas, nem de um carro importado e nem de um tênis caríssimo para ser feliz. Se você puder ter, ótimo!Que bom pra você!Mesmo!Essas coisas podem oferecer um maior conforto sim, mas ao contrário do que muita gente já chega ao absurdo de pensar, não são imprescindíveis para que sejamos felizes. A felicidade está muito mais ligada à sua forma de ver o mundo do que a quanto poder aquisitivo você tem. A prova disso é que tem tanto ricaço se afundando em divãs, enquanto muita gente, que sobrevive com salário mínimo, ri o dia inteiro, feliz da vida.

Sempre tem um jeito de resolver uma situação. Se não tem piscina, tome banho de mangueira; se não dá pra ir ao show, chame os amigos para assistir ao DVD; se não tem carro, vá de ônibus. O que não dá, é pra ficar parado, esperando o dia em que, finalmente, tiver dinheiro pra fazer tudo o que se tem vontade. No fim das contas, o que fará falta serão as pessoas, as sensações, os momentos e o tempo, que passaram e não voltarão mais.

 Temos uma concepção ilusória de que o dinheiro é a fonte de todos os prazeres. E enquanto pensarmos assim, nunca seremos plenamente felizes e nunca saberemos aproveitar de verdade a vida.Quem muito pensa no amanhã, acaba por não viver o hoje.Assim como é inútil um aparelho eletrônico para quem nada entende de tecnologia, ter dinheiro sem saber enxergar as belezas mais simples  é  estar fadado à infelicidade.Nem todos os momentos podem ser comprados,os amigos de verdade não têm preço e tudo bem que você precisa pagar um bom plano de saúde,mas não fosse o seu ritmo frenético de trabalho, você estaria num clube,numa praia, ou sabe-se lá onde, bem longe de um hospital. 

Parece que as pessoas vêm se esquecendo, com intensa rapidez, que tudo o que vem de fora corre sempre o risco de se perder. Não há dinheiro no bolso que enfie juízo na cabeça ou sentimento no coração. Dinheiro não cria felicidade, apenas facilita os caminhos de quem sempre soube ser feliz.

Um comentário:

Taiane Martins disse...

Arrasou hein!! Mandou bem mesmo! Afinal, o que nos resta é tentar ser feliz! Forte abraço!