sábado, 14 de janeiro de 2012

A hora do amor



Eu te amo. Aquelas palavras soaram estranhas. Como alguém poderia amar com um contato tão superficial?Não chegou a pensar que fosse uma tentativa barata de conquista. Conhecia-o, ao menos um pouco, para descartar, sem dúvidas, aquela possibilidade. Pensou que talvez estivesse confuso, e não soubesse bem o que queria, enganando-se, como muitos outros, por detrás do falso amor. Não falso por consciência, mas por ilusão, ou quem sabe, inocência. Mas, tinha para si que, de inocentes no mundo, só as crianças. E apenas as bem pequeninas. 

Imaginou que talvez achasse ser amor aquilo o que sentia, mas não era. Mas, como não era?Se para ele era aquilo o amor, então amor era. Se o amor para ela era algo diferente, ninguém podia dizer o que era certo ou errado. Pensou então, que o amor era sentido e visto à maneira de cada um, e que se ele dizia que era amor, amor para ele deveria ser, e ela não podia dizer que não era. Quem seria tão presunçoso que dissesse poder definir o amor?

Ficou assim, entendendo o que devia entender, desaguando numa conclusão alicerçal: sentimento não se mede nem se contesta, aceita-se ou não.Viu que as pessoas, ao cruzarem o caminho de outras, podem ajudar a construir histórias genericamente idênticas,mas minuciosamente repletas de grandes e fundamentais diferenças.E percebeu que o passado não deve ser parâmetro para o futuro, pois é sempre preciso acreditar no melhor da vida e se dar uma nova chance.


“Eu posso estar sozinho, mas eu sei muito bem aonde estou. Você pode até duvidar, acho que isso não é amor.”

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